segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ampulhetas

Tudo negro à minha volta
Todo eu sou cinzento
Fatídico demo que me escolta
Calor gélido do vento,
Merda, tanto orgulho
Fode a podridão mental
Puta de dor no mergulho
No salto que correu mal,
Talvez sorte macabra
Cabra sortuda, erma
Lúdica, pudica cabra
Arada de esperma
Que a vida te providencia
No tempo avaro que não te acode
Porque só a vida fria fia
O caralho do destino que te fode!

Sérgio Rodrigues

2 comentários:

  1. amanhã quando acordar não terei olhos nem boca. dos cabelos pó ficará no chão do quarto - frio, sempre tão frio. da pele cinzas, quase desaparecidas, espalhadas na cama. de tudo o que tanto penso, o meu cadáver.
    os outros vivem delineados pelo medo, eu conheci-o. de resto, ficará o sangue da minha cobardia.

    neste a rima encaixa na perfeição

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