Farto de me esconder por trás das brumas
Da merda do pão que o diabo amassou
Vou finalmente retirar as cortinas
E revelar-te a verdade do que sou...
Um demónio em mim não habita
Esse ser malévolo sou eu
Sou escória, simples ralé, "ita"
Sou tão claro como breu
Meu paradoxo ambulante
Surge em vis contrariedades
Veterano e debutante
A mais usual das raridades
Tanto quanto agárico
Comestível, puta de veemência
De um só ser árico
Que me convence com eloquência
Ao menos na merda em que consisto
Ganho o valor do desrespeito
Foda-se a dor do que resisto
No homúnculo que me dispôs no leito...
Sérgio (bird) Rodrigues
a especulação é inevitável com palavras destas.
ResponderEliminarmuito bom texto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaro demasiado inteligível deixa-nos a especular sim...
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