segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cortado, curto decote recortado

Incute a falta de medo
Acciona a vontade e age
Reage, impressiona a pressão do segredo
Que segregaste
Segreda-me o rosnar que reage
Ao ruído rasante, em rol roçaste
Arruinaste o rombo que requer ser arruinado
De marcha-ré, rasgaste
De rompante, num desenfreado
Ritmo ''arrimado''…
Rimaste…
Arruma-te! Profere do inicio
Onde se iniciou o acto!
Anterior noite de libido, o cio
Assentou no farto prato
Dos recortados cortes cravejados
Com sangue! Volúpia erosiva
E lânguidos líquidos lavados e lambuzados
Lambe-me! Inunda-me em saliva!
Lambe-me as marcas!
Lambe-me as feridas!
Levados pensamentos
Sem pensar no custo da sina
Assino sem intentos
Desbravo no vasto mar da tu' vagina

Fervoroso oferecer
Forte enfraqueço e fraco ofereço
Frenético desfaço-me, falso fender
Nada falo, frio e fresco quase faleço...
Findar do fatídico medo de falecer
Finto fugidio fraca facada
Folgo em não fingir meu afinco
Fito o fundo de fonte fechada
Calado falo, calado fico
Calado grito!
Foda-se!
Fode-me a manta que me cobre' alma
Talvez posteriormente ao prévio adormecer
Talvez se…
Talvez se energizar a sugada calma
Me forces, me forniques ao amanhecer….
Repouso, sorrio sentado
Babo-me num ninho bordado
Com fronha de couro improvisado…
Dois despidos corpos acordas
Reabrem o acordo
Onde és maluca e eu sou tolo
Violas-me as vocais cordas
Suavemente mordo
E já não sei se sou eu que me violo
Nem se estou acordado
É tão bom em tantas partes
Certo e errado
Só quero
Que me repartas partas e mates
Mero
Momento aplicado entre portas e ''apartes''
Chovem húmidas cataratas
Sob cobertores, cobrir anseio
Seguro-te as curvilíneas ancas
Acaricio-te o esquerdo seio
O mais frágil fragmento do devaneio…
Patetamente, aperto
Proximamente longe das secas
Do momento
Erradamente certo
Rasgo te as rendadas cuecas!

Enquanto tomamos fumo
Pelo pequeno almoço
Limpas o suco, segregado sumo
Gargalho, porque posso
Das lembranças nas indumentárias
Ah, e com satíricas sátiras
Soltas o mais belo corado gargalhar
Até as marcas em vê-lo
Aleijam o latejar
Teu veneno que se aloja pleno
Desde do duodeno
Até a medula
''Bom dia''
Sorte nula…
Manhã fria…
És tão bela musa, medusa
Que não me petrifica o olhar
Tão imperfeitamente perfeita, usa e abusa
Da minha estranha forma de amar
Da deformada entranha formada em verso
Amo-te até ao mais ínfimo infinito canto disperso
Do Universo!

Sérgio Daniel Alves Rodrigues

P.S. Versados versos, visados físicos
        Baseados em factos verídicos

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