segunda-feira, 27 de maio de 2013

O MEU CAMINHO (sonhado)

Pouca poeira se eleva
A passo e passo
Enquanto passeio, neva
Sémen semeado pelo devasso
Devoto Diabo endiabrado
Corpos amontoados constroem
Muros e tecto apertado
Onde me roço de lado
E quase me consomem
O consolo desmesurado
Da desordem
Horda sem ordem, ardem
Anónimos, homens sem "nomen"...
Nunca antes mencionados
Intrépido prossigo
Braços partidos, arrancados,
Tomados, rostos desfigurados
Uma parcela de todos tomo comigo
Tecelão, tecido e atirado... Diabos!
Temerário tenebroso temível
Tomem-me por tanso
Temam-me por tirano terrível
Ou tonel estrepitoso
Ou tolo,
Porque me estiolo!...

Sérgio Rodrigues

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