domingo, 5 de maio de 2013

Quo vadis?

Surripiei-te
Sem astúcia ou estratagema
Alegrei-te
Num pequeno parque simples com' um "sema"

Levei-te
Ao clássico labirinto do Minotauro
Sorri-te
Era básico, nada inextricável! O "Tauro"
De lá, já devia ter fugido
Por isso não testemunhou
O sucedido!
Lá se instalou
A paz desprovida
De malícia
Alguma perdida
Blandícia
Com gosto oferecida
Com gosto retribuída

Levianos lábios, sabem ao "recém-comido"
Gelado... Frio... Li... Libi... Líbido!

Toar d' um estalido
Que me afugenta o cérebro
Clique... Um gemido
Erecção do membro
Clique... Tudo negro

Desperta-me o olhar
É agora noite
Penetro-te sob o luar
Sou teu açoite
Sou teu flagelo
Quereis meu corpo?
Podereis tê-lo!
Pernoitarás no "Orco"
Precisarás de gelo
Até o Minotauro retornado
Fugirá assustado
E tu' pele branca
Marcada pelo pecado
Sou airado
Sou quem te espanca
Quanto mais m' ultrajas
Maior minha violência
Controlas mil uma "najas"
Eu controlo a malevolência
Injecta-me o veneno
De todas em simultâneo
Estripa-me o duodeno
Fragmenta-me o crânio
Que morra pleno
Mitigando a respiração
Mas que te tenha como manto
Que morra de ejaculação
Em ti, caído, finado, em pouco pranto!...

Sérgio Rodrigues

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