quinta-feira, 27 de junho de 2013

Música para os meus olhos

Até fumo me fumar
Fomentarei a fome
Fumo a fumegar
Fama infame
Que me tome...

Teu violino
Quis como meu
Outrora,
Fino...
Agora...
Eu...
Jamais suas
Curvas polidas
Visarei?
Cândidas
Mãos, nada sei...

Talvez te relembres
Das estrofes sem direcção
Já suplantadas, rés
Aquém de tua descrição
Relembro teu reverberado
Reflexo na caixa-de-ressonância
Ressenti o tocado
No tanger de minha ignorância
Refrescar de mãos frias
Concebi manias
Por demais congeminar
Tão congénere a essa génese
E tão genérico na benesse
Que me fez enfadar...

Olhos cansados
Já não enxergam mui
Estulto fui
Ocorrentes passados!
Mas algo ouço 'inda
Que seja senda
Para uma fenda
Que te cinda
Mas... Música apenas
De violino obsoleto
Proxeneta dos temas
Temerário de folheto!...

Sérgio Rodrigues

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