quarta-feira, 17 de julho de 2013

Escárnio escarlate

Mordi o desespero
Desespero esperando
Por teu terno vero
Verbo ermo içando
O vil mastro
Assaltado, solto
Tanto lastro
Que me revolto
De nada enxergar
Em tudo ver
Deificando cada esgar
D'um mudo ser
D'um mundo a arder
Crestado estado
D'em dor sofrer
De fado em fado, enfado
Enfadonho, que sonho!
Em ti me ponho!
Meretriz ludibriadora
De vulva apertada
Puta sedutora
Negra, alva d'alma fiada
Fia-te na Virgem!
Organiza uma orgia
Onde órgãos impingem
Até olear a mais puta pia
No regozijo do concúbito
Frenesim, felatio, foder!
Membro rijo e de súbito
Orgástico fumo, cinzas a ferver!...


(Como prometido de nada escrever,
Apenas prazer em te escarnecer...)

AEDO

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