quarta-feira, 31 de julho de 2013

Fiat justitia et ruat caelum

Por mais intento de diluir
Líquido na taça
As vozes sem graça
Tendem a urgir
Mais a cabeça pesa
Menos esforço
Mais lágrima me lesa
Menos orco no dorso, torso
Torço-me de tanto rir
Troço de mim
Forço-me a não cair
Traço um fim!

A mim! O que é de César
O cessar de um Czar
E furtar das mãos do persa
O violino que se sopesa
A quem tem mãos para o tocar
Devedor sem ónus
Tocador sem cordas
Benesse de bónus
Turba de "codornas"
A fim de me caçar
E eu sem querer afins...
Enfim, só te querer contemplar
Entre os capins
E os canaviais além-mar

Mar... Maravilhosos olhos
Entre escombros e desafogos
Encolho os ombros
Neles me deixo afogar...
Encarnados, carnudos lábios
Só me sabem afrontar
Ultrajar e escarnecer
Aprecio tal subjugar
Até a face enrubescer
E só returco no ar
De não poder zoar de teu poder!...

AEDO

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