terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ménage à trois

Tive que vislumbrar
O "El Dorado" em galegas terras
Após conquistar
Inexoráveis montes e serras
As servas que me reservem
Um lugar contíguo a elas
Que se sirvam e abusem
Das peculiaridades belas!
Que se prezem
Que cessem num mar de pérolas!

Conhecer tua voz
Foi como ter um "déjà vu"
Vindo de três corpos sós
Acompanhantes a nu
À "companha" dos homens
Que vos pescaram
Ventres e vaivéns
Se deleitaram
Se deliciaram
S' ornamentaram em redor do geta,
De si mesmos, duas musas, um poeta!
Infracção a três...
Como se pode sequer pecar errado?
Quando o pecado acusado originado
É da conta que Deus fez?

Nada é de minhas contas
Consta que daí lavo minhas mãos
No aprazer liquefeito de duas vulvas
Volvendo costas aos castos sãos
Desapreciadores dos desprazeres
Da vida, desprezem-me seres
Abjectos, quanto mais calúnias
Mais me espraio em plácidas
Carnais cândidas praias únicas,
Banhos dignos de Deusas Áticas!...

AEDO

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