terça-feira, 27 de outubro de 2015

Oligodacria

Beatriz, de seu nome
Em prantos perdida
Morre, triste vida!...

Vivo na fome
Imolarei a própria, vem!...
Não haverá mais jogos
De nada servem
As rimas passarão a fogos

A claro d' água
O translúcido de amor e mágoa

Retorno a um vazio
Onde não há tristeza nem alegria
Sinfonia!...
Tombeau fúnebre frio
Oh! Pobre maquia!

Da maquinaria pesada
Alvor sem madrugada

Do amor ao ódio
Em poucos passos
Prazer do ócio
Risonhos pássaros
Emancipados!...
Sêmola de diário pão escasso
Sórdida linha sem traço
Aos monos que enxaguam fados
O fazer! Do que não faço!...

ÁRION

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