quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dor no espectro

É de meu desejo abalar
O Real Mundo!...
Um imundo mundo Cão
Todo moribundo
Quanto de fronte me posso entregar
Se só perfil me dão!...
Grã-horda do culto do ser acéfalo
Onde o estulto cai por terra, nu, no supérfluo
Mor-frota educada a estalo!...
Admirada, estampada em meu rosto incrédulo!...

Possuo o semblante demoníaco
Que vos corrói a mente?
Ou um suave aperitivo de amoníaco
Inexorável docente
Doce e descontente
Com este globo indecente
Pérfido prefixo impertinente!...

Sub-dosagem à sub-contagem
Sub-carregados de sub-imagem
Sub-formatados em "sub" agem
Sub-regente de um sub-pajem
Sois sub-nada, sub'-stituídos e super-sub-bobagem!...

Se o mundo fosse um teatro
Seria este o cair do pano
De uma peça sem décor da cor do profano
Elejam-me Bobo-mor, Zoroastro!...
Sem recursos, nume, nome, mundo e astro!...

Árion

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Enlevo penumbroso

Onde andais vós?
Oh, nobre musa
Dedilhai-me o corpo atroz
Teus peitos cheios
Almejo eu encher de tusa
Enxaguar-te de porra imunda
Os seios!...
Apalpar-te os meios da tua cona funda
Perder.me em ti
E em ti perder a vergonha
Pede-me o que perdi
Prostrada em langonha
Engole até à ageustia
Trata-me como o animal que sou
A Besta do frenesim, da heresia
Desmonta a magia que te montou
Tombou, culpou, matou
E visou bisar onde geou!...
Anda puta! Solta as rédeas
E vem guerrear
Sem solicitações idóneas
Sem adornos, só tornear
Eu só... Eu só...
Necessito de merdas p'ra me sentir vivo
Eu já morri, não tenhas dó
Vem tu também morrer ao som do meu uivo!...

Árion