quinta-feira, 7 de abril de 2016

Apoplexia

Todo o mundo se rege
Ao sabor da circunstância
E a dor que vou saboreando
Jornadeia na sege
Da cor da ânsia
Cioso no ócio e errando
Sem valor de galanteio
Sem valor de primazia
Primo me outorgar
Encostado no seio
Desta dor vazia
Opilativa, tão teu ar!...
Sou tão não eu, contigo...
Até me afogar
Novamente, no mar do fado!...
A fada do meu jazigo!...
Onde jaz um olhar
Tão malfadado!...
Porra! Abate-me de uma vez
Sem me deixares sonhar
Com o credo da minha mesma morte!...
Ao menos talvez
A fulminação do tear
Que tece em linhas ténues da minha má-sorte!...

Árion
(Em prol de R.)

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