domingo, 27 de agosto de 2017

Ne(m)o é (um) poema

Que escrever, oh musa,
Quando a escrita dói
Mas sua vontade
É mais forte e me corrói
Sou uma nota perdida e difusa
Sou Sade
Numa música nunca tocada
Tocam liras
Mas nada me toca
Fogo nas piras
Lobo sem toca
Logro solitário
Lobo vigário
Lobo mouco
Pouco
Rouco
Quiçá mudo
Perco o mundo
Releio tudo
Lobo imundo
Sê meu pastor
Dilacera-me a dor!...