quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espelho

A lei "contra-natura"
Obedece à lei da natureza
Um ponto de rutura,
Tão forte que dá moleza
Torna-me príncipe sóbrio
Do povo que se governa,
Aqueles a quem sorrio
Numa pequena taberna
Onde nada consumo
Sem ser meu próprio ar
Meio misturado com fumo
Que não filtro ao respirar,
Desejo simples, o meu,
Cujo não queria desejar
Nunca nada me corroeu
Porque me abstraia de pensar,
Sinto-me diferente,
Mais aberto ao mundo duro
Sou tão inexistente
Que neste presente futuro
Ñasci só e pouco importado
E pouco ou nunca me importei
Do monstro em mim criado...
Por isso e que só, nasci e morrerei!

Sérgio Rodrigues

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