Aligar os factos à prelecção
Que me queres tu?
Vou-te explanar a alocução
Sou algum mu?!..
Disperdo-te o semblante
Estraçalho-te o desplante
Se sou orate errante
Ou tão calmo que é encanitante
Diz lá, o que me queres?!
Sou sonho de quimeras
Ou o alimário que feres
Sou culpado de minhas propostas veras
Ou propósito de motejo
Enfaixado no escárnio!..
É o poder do que versejo
Acéfalos do meu conturbénio
Arremessar-vos contra a parede
Soquetear-vos com meu mau-génio
Era pouco da minha sangue-sede
Por tanto de vos apreciar
Esfervelho, mafarrico
Pára de me acossar
Travo o lírico
Ou demonífugo terei d'usar
Nem que "saja" à chibatada
Ah!.. Mas vais estacar
Inanimar!..
Nada te devo
Demo
De mim equevo
Não te temo
Se te levo
Blasfemo!..
Estremo!...
Sérgio Rodrigues
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