Porque me seduzes,
Musa?!
Sei o quanto não te agrada,
Mas não abuses,
Abster mea tusa?!..
Por muito que do bosque sejas fada..
É meo poema, faço com'm'aprouver
Denomino-te como quiser!..
Enfim..
Desbravo os bosques
Na busca do teu néctar!..
E tu, sim!
Tu!.. Que me subjugas os toques
Lascivos do meu éter
Derribo-te num manto de folhas,
Enquanto teu corpo me avassala
Porquê me tentar às escolhas
Se meu âmago por mim fala
Porque não nos resistimos?!..
Pois não somos asininos
Explico o meu lado..
Toda tu és o raio maldito d'uma perdição!..
Porra de fado!..
Forjada da mais bela carnação,
Munida de garras níveas
Tão belas quão demoníacas
Olhos explosivos,
Que me crestam a alma..
Tão belas presas e incisivos
Que me dilaceram de prazer..
Dedo preciso que me palma
Que me transmutam a teu pascer
Como se fosse pedaço de miasma
Um sorriso ardente que me pasma
Guarnecida de cérebro orate
Apraz-me, nem que me mate
És a loucura fiducial
Que amena a minha alienação mental!..
Mas nem matutes em demasia..
Deixa os pensamentos
Viajarem pelos ventos
Numa nortada razia!..
Sérgio Daniel Alves Rodrigues
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